07/02/2008
Alagamentos foram destaque no retorno das atividades na Câmara
O início do ano legislativo nesta quarta-feira (06/02) foi marcado por manifestações dos vereadores acerca dos alagamentos causados pela enxurrada da última semana.
O vereador Antônio Luiz Battisti (PT) mostrou fotos de diversos pontos que ficaram, quase em sua totalidade, encobertos pelas águas, como a Rua Gerôncio Thives, Josué di Bernardi e também o loteamento Campinas, na rua João Grumiche e arredores. “No ano passado mais de 4 milhões de reais foram investidos em obras de drenagens em São José com recursos da Caixa Econômica Federal e, infelizmente, não foram suficientes para resolver os problemas na Gerôncio Thives”, disse o vereador petista. Segundo ele, algumas obras “em vez de ajudar, complicaram ainda mais a situação”. Antônio Battisti mencionou que durante a década de 80 as enchentes na região da Rua Josué di Bernardi foram suprimidas, graças as aberturas no Rio Araújo. Segundo ele, desde o início da década de 90 não foram realizadas obras de drenagem naquele local.
Já Edio Vieira (PSDB) afirmou que é possível sim resolver os problemas de forma definitiva, desde que as obras sejam realizadas juntamente com ações efetivas. “As obras realizadas no rio Três Henriques, em Barreiros, a transferência de famílias da região do Pedregal, onde não houve deslizamentos, a desfavelização dos fundos do Zanelatto e a organização do Vila Formosa são provas concretas de que é possível resolver os problemas em definitivo”. Edio Vieira afirma que recursos para realização de ações no entorno do rio Forquilhas, por exemplo, existem. “O que não é possível é, a cada enchente, se gastar 10, 15 milhões e distribuir donativos de forma desordenada, até mesmo para pessoas que não foram atingidas e de outras cidades”, enfatizou.
Para João Rogério de Farias, vereador pelo PTB, a região de Forquilhas e Forquilhinhas não é mais viável para construções. “Prédios como aquele que está sendo construído ao lado do Forquilhão, e o próprio Forquilhão (colégio), não podem mais ser autorizados pela prefeitura”.
A participação das pessoas em comunidades organizadas, como Associações de Moradores ou de Bairro, foi citada pela vereadora Clara Bernardes (PSDB) como uma das soluções para os problemas em geral, não só relativos a enchentes. “Se a comunidade estiver unida e reivindicando, ficará mais fácil para se chegar às soluções. É preciso a participação de todos”. Na avaliação da vereadora Clara audiências públicas, como as várias que foram realizadas em 2007, são fundamentais para que as coisas caminhem de forma lúcida no crescimento da cidade. “O loteamento Campinas hoje sofre em virtude da ausência de planejamento no impacto de vizinhança”, disse. Clara destacou ainda a importância do trabalho realizado pela prefeitura, através das Secretarias da Ação Social, Saúde, Segurança, etc, no auxílio aos desabrigados e demais atingidos pela chuva.
O líder do governo na Câmara, vereador Agostinho Pauli (PSDB) também destacou a ação do prefeito e secretários na busca por atendimento emergencial para os atingidos pela enchente da semana passada. O vereador corroborou com o pensamento do presidente Edio Vieira quanto as soluções definitivas. “Realmente as obras de drenagem no Rio Três Henriques foram de fundamental importância levando tranqüilidade para os moradores de Areias e adjacências de Barreiros. Que esta obra possa ser copiada para os demais locais de alagamento, colocando um fim neste problema tão sério que atingiu novamente nosso município”, disse.
Já Adeliana Dal Pont (PMDB) disse que é preciso a comunidade e principalmente a Câmara estarem atentos para a aplicação dos recursos que virão para São José de forma emergencial, em virtude das enchentes. “A informação repassada a pouco pelo presidente Edio é muito grave. Como é que pessoas de outras cidades recebem donativos da prefeitura de São José? Esta casa precisa exigir os dados oficiais. Os jornais disseram que foram 211 desabrigados. Ora, com 211 desabrigados, precisamos saber quantas cestas, quantos colchões, quanto ‘tudo’ foi distribuído”.
Outro que também lamentou os incidentes ocorridos em virtude das chuvas foi o vereador Amauri Valdemar da Silva (PTB). “É uma pena que os ocorridos, que já tinham sido anunciados em outras oportunidades, tenham voltado à tona. O Loteamento Benjamim, conforme consta no projeto do Plano Diretor, é uma área considerada inundável, abaixo do nível do mar. Mesmo assim deixou-se construir naqueles lotes”.
As questões das enchentes em São José serão analisadas pela Câmara Municipal, inclusive com a possibilidade de realização de audiências públicas nos bairros mais atingidos na última semana, para que a população possa sugerir e opinar sobre quais ações devem ser realizadas para a solucionar os problemas de escoamento de água.
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11 de abril de 2010
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